- E ai cara como foi o fim de semana?
- Meio fraco, a balada não foi o que eu esperava, só mina
metida, não peguei ninguém e as bebidas muito caras , nem deu pra encher a cara
e o dinheiro já acabou.
Em outro lugar...
- Bom dia amiga, e ai gostou do restaurante novo que você ia
conhecer nesse fim de semana?
- Pra falar a verdade não gostei não amiga, o lugar estava
lotado , a comida demorou muito a chegar e quando veio já estava fria.
Numa casa, hora do almoço...
- Filho, fiquei feliz que você foi a igreja comigo ontem, o
que você achou do culto?
- Nada demais não pai, acho meio cansativo o pastor ficar
aquele tempão só falando, as músicas eram da antiguidade e o povo meio caretão.
Não importa onde vamos, se na igreja , balada ou qualquer outro lugar, nosso objetivo na maioria das vezes é sempre o mesmo: SATISFAÇÃO PESSOAL. Nascemos e (sobre)vivemos no sistema capitalista , essa é a nossa época, o nosso mundo... Mundo esse que nos submerge em conceitos de consumo como qualidade do produto, pesquisas de opinião, índice de satisfação do cliente, entre outros. Sem muita reflexão assumimos o papel que nos é dado neste contexto e nos tornamos CONSUMIDORES por excelência. O problema (que nem percebemos) é que vamos permitindo que ele se torne o papel principal de nossas vidas, em todas as nossas relações e atuações.
O MAIOR ENGANO que cometemos quando passamos a nos "sentir clientes" em todo o tempo, é na esfera espiritual. Nosso relacionamento com Deus, com a sua igreja e nas reuniões que frequentamos (geralmente aos domingos) nos templos, se torna vazio, religioso e insatisfatório. Pensamos que o problema está no "produto" que estamos consumindo e em quem o está oferecendo. Devido a esse grande equívoco, perdemos completamente a noção de culto. Afinal o que é um culto? Segundo vários dicionários, culto é: homenagem e adoração que SE PRESTA ao ser divino. Ou seja, o culto é para agradar a divindade que se adora e não para satisfazer o adorador.
No final de nossa participação em cada culto, aos invés de nos perguntarmos uns aos outros o que achamos, se gostamos ou não e fazermos nossa habitual pesquisa de opinião, deveríamos era perguntar a Deus , o que Ele achou do nosso culto e se o agradou ou não.
Dá pra imaginar o que Ele responderia...?
A gente se vê...
Danyela Batista
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